sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O porquê da criação da Internet

A internet, diz-se, foi criada para partilhar informação de forma rápida e cómoda entre vários utilizadores.
O que eu tenho a dizer é o seguinte: não.

Obrigado e boa noite.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Pixeis e Zombies

Nota: Sinto neste momento, duas coisas - Uma, é que mais ninguém liga a este blog, fazendo dos posts aqui uma coisa muito intimista (sem envolver lingeries e coisas marotas). Outra, é que só me dá para postar qualquer coisa aqui se for de madrugada. Sou um Hyde dos blogs, ou quê?


Ora bem, para começar em beleza, digo desde já que (para quem ainda nao percebeu), sou um geek monumental. Só me falta carteira profissional e um sindicato para reinvindicar coisas. E portanto, o assunto deste update, é o retro-gaming.
Tenho em minha posse, um exemplar em funcionamento da velhota Playstation (a original, que nao trazia nenhum número agarrado ao nome). Recebi-a quando ainda rapazola e meia-leca, e desde que comecei a jogar, deu-me para não querer parar.
Ora, recentemente, e depois de passar por um período em que só queria jogar coisas com gráficos modernos (pós geração de consolas de 128bits), decidi agarrar-me com força á bicicleta mais velha cá da casa (ok, nao é a mais velha, porque ainda tenho aqui uma Megadrive II, mas não dou com os comandos).

Numa altura em que a imprensa especializada fala muito em jogos que prometem e dizem que fazem, sinto cada vez mais que há falta de concretização, em muitos aspectos. Há gráficos bonitos sim senhor, e também não vou dizer que andar aos tiros em coisas com pormenores gráficos deslumbrantes não é engraçado, porque é. Mas, então e o resto?

Fiz a escola dos videojogos com Final Fantasy VII, que é dos jogos com a história mais bem desenvolvida, mais emocionalmente apelativa e com a jogabilidade mais viciante,de sempre. Quem conhece o jogo, sabe que os gráficos eram, literalmente, quadrados. Os cenários, apesar de pré-renderizados, eram desfocados e despormenorizados (apesar de, para a altura, serem a melhor coisa inventada desde o pão em forno de lenha). Mas eram eficazes. Balançavam bem o jogo em termos de imagem e mensagem, de contéudo e embalagem.
Há jogos e jogos, obviamente, e alguns fogem tanto á regra pela positiva que se tornam fenómenos. Mas dantes tentava-se fazer algo mais do que um jogo. Li uma crítica a um jogo de 1999, escrita em retrospectiva por um jornalista que analisou o jogo novamente para este ser incluído na lista geral dos melhores videojogos de todos os tempos, no site da gamespot. O que ele disse acerca do jogo marca bem a diferença e a tendência para mudar que a indústria em geral mostra: "(...) E ao jogar, apercebemo-nos que o jogo foi feito por artistas, e não por técnicos (...)"


Quero é um jogo que me meta com insónias enquanto eu não o acabar, caneco. Ainda bem que há uns Hideo Kojimas espalhados por aí.

Ora bem, passando à segunda parte do título: Zombies!
Quem me conhece sabe que há uma parte em mim que funciona mal e que gosta de zombies. Cadáveres andantes--Yum!

Bom, durante esta semana comecei a (re)ver a série Evil Dead, realizada por Sam Raimi (realizador da mais recente trilogia de filmes Homem-Aranha). Os três filmes foram filmados entre 1981 e 1993, sendo que em 1982 foi exibido o primeiro, em 1987 o segundo e em 1993, o terceiro e último. Os filmes têem uma premissa extremamente simplista, e o guião não disfarça (nem quer!) aquilo que é: um motivo para um homem fazer o seu filme de terror com gore gratuito. No centro desta saga está um homem: Bruce Campbell, amigo de infância de Raimi, que tornou a personagem destes filmes num ícone para muita e muita gente.
Ashley J. Williams, Ash para os amigos, é um tipo normal. Tem um emprego, uma namorada e um queixo extremamente másculo. Um dia, ele, a namorada e os amigos decidem ir passar um fim de semana romântico a uma cabana na floresta, isolada e sombria (nunca ninguém repara em nada, diabos!). Quando lá chegam, deparam-se com o trabalhado inacabado de um arqueólogo, em torno do seu último achado. Necronomicon Ex Mortis - O livro dos mortos, foi encontrado pelo tal arqueólogo, que vai daí, tenta traduzi-lo. E conseguiu de facto traduzir algumas partes, e gravou-as no seu mui velho gravador. Até aqui tudo bem. Com o que o professor não contava era isto: que ao ler as passagens do livro iria acordar um Mal que se apodera das pessoas e as transforma em mortos-vivos; e que um grupo de jovens inebriados fosse pôr a tocar a fita onde ele tinha gravado a leitura dessas passagens.

E a partir daqui, é um festival de alegria para quem gosta de B-Movies. Há sangue falso, há fatos de latex, há entranhas feitas com papas de aveia e milho doce. Há desmembramentos e há humor. Muito humor.
A primeira fita tem um lado mais sério, e só por si documenta um tipo muito especial de cinema de autor, feito com paixão à arte e um orçamento baixo. Mas o segundo, Evil Dead II - Dead By Dawn, toma um rumo que iria criar vários ícones e uma miríade de referências para um público muito específico.
Evil Dead II é um filme que não se toma muito a sério. Há sarcasmo corrosivo e one-liners que ficaram na mente da cabeça de quem viu e adorou. E há também comédia física ao estilo de Chaplin e dos três estarolas. Uma porção do filme consiste específicamente em ver Ash a ser sovado, gozado e espancado. Desde senhoras de idade demoníacas, até uma cabeça de veado que não deveria rir de quem tem uma caçadeira, passando por uma mão que deixou de gostar do corpo ao qual está presa. Tudo se abate sobre esta personagem, até um ponto em que Ash se farta e fica meio louco, meio desesperado, e todo ele com vontade de retribuir as gentilezas.
Somos presenteados com muito e bom cinema B, com uma história sobre o fantástico, com uns acenos de chapéu a um tal H.P. Lovecraft pelo meio.

Já o terceiro filme, Evil Dead III - Army of Darkness, afasta-se da cabana na floresta e dos estilos presentes nos filmes anteriores, e é na sua essencia uma comédia fisica, com pano de fundo uma guerra medieval entre humanos e zombies (ou deadites, como Ash gosta de lhes chamar). No entanto, o filme não é mau. Ha muitas cenas que pagam uma homenagem aos dois outros filmes, (Sam Raimi não ficou com os direitos sobre o primeiro filme, e portanto os primeiros 15 minutos do segundo são um recontar dos eventos do primeiro).
Também é aqui que Bruce Campbell se afirma e estabelece como o absoluto actor icónico, título que ainda defende hoje em dia. Estou para ver o actor que consegue, num momento sério de dramatismo e ares românticos, entregar a frase " Gimme some sugar, baby " e tornar essas palavras numa catchphrase que se mantém tão viva, mais de duas décadas passadas.

Dito isto, já se faz (ainda mais) tarde, e não quero dar a impressão de que sou um parasita ou que não faço nenhum (não me odeiem por ter insónias, odeiem-me por vos roubar as namoradas! -- Not), portanto despeço-me com a seguinte imagem, para que pelo menos os donos do estaminé gozem da referência. Um bem haja.
Damn Straight!
Até à próxima.

PS - Desculpem lá qualquer coisinha, e obrigado a quem se deu ao trabalho de ler tão longo texto.

Coisa Randómica - This is my Boomstick!